Comunicado divulgado com a decisão diz que "ambiente externo segue volátil" e que "o cenário-base não se alterou substancialmente".
Para economistas do ICL, manter juros elevados é remédio amargo demais e que não é eficiente para controlar a inflação. CNI vê espaço para corte de 0,75 p.p. na Selic na reunião de hoje.
Uma das poucas mudanças feitas na previsão foi em relação ao dólar para 2026, que caiu de R$ 5,05 para R$ 5,04.
Essa foi a quinta redução seguida na Selic, que agora está no menor patamar desde março de 2022 (10,75%). Comunicado do colegiado fala em "serenidade" e "moderação" na condução da política monetária diante de cenário global desafiador.
Segundo ministro, alta da dívida pública é herança do governo anterior.
Expectativa do mercado financeiro é que a Selic, atualmente em 11,75% ao ano, encerre 2024 na casa dos 9% ao ano.
A previsão de cortes, segundo Campos Neto, se baseia nas variáveis atuais do cenário econômico, como queda de preços e diminuição na taxa de juros de longo prazo no exterior, além das medidas de equilíbrio fiscal do governo.
Trecho do documento também reforça cautela, por parte dos países emergentes como o Brasil, com o cenário externo.
Trecho do comunicado divulgado com a decisão diz: "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões".
"Temos gordura para queimar na política monetária, nossa taxa de juro real ainda está muito distante do segundo colocado", disse o ministro da Fazenda