Expectativa do mercado financeiro é que a Selic, atualmente em 11,75% ao ano, encerre 2024 na casa dos 9% ao ano.
A previsão de cortes, segundo Campos Neto, se baseia nas variáveis atuais do cenário econômico, como queda de preços e diminuição na taxa de juros de longo prazo no exterior, além das medidas de equilíbrio fiscal do governo.
Trecho do documento também reforça cautela, por parte dos países emergentes como o Brasil, com o cenário externo.
Trecho do comunicado divulgado com a decisão diz: "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões".
"Temos gordura para queimar na política monetária, nossa taxa de juro real ainda está muito distante do segundo colocado", disse o ministro da Fazenda
Em entrevista ao canal asiático da Bloomberg TV, o presidente do Banco Central disse que é difícil saber onde o ciclo de redução vai terminar, mas salientou que "o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões".
Para secretário de política econômica, piora do cenário externo pressiona os países emergentes e dificulta aumento no ritmo de corte dos juros no Brasil.
Ministro pontuou que "2024 será um ano desafiador" e que ninguém sabe "quando as taxas de juros começarão a cair pelo mundo". Por isso, ele acredita que o Brasil deve aproveitar o momento para queimar a "gordura" da Selic.
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Dólar fecha em alta de 1,10% frente ao real, cotado a R$ 4,93