Petista fez as declarações durante café da manhã com jornalistas ontem (23) de manhã, no Palácio do Planalto.
Em evento promovido por um banco, o presidente do BC defendeu que a sabatina de seu sucessor seja feita este ano. Haddad disse que vai ouvir a autarquia para que a transição seja o mais tranquila possível.
Em entrevistas concedidas nos últimos dias, o ministro da Fazenda anunciou a ideia de criar títulos para impulsionar o mercado imobiliário e que a pasta vai revisar a projeção de crescimento da economia de 2,2% para 2,5% neste ano.
PEC transformaria o BC em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. Porém, desde a origem da instituição, autonomia do Banco Central é posta em xeque, pois a maioria dos dirigentes vem do mercado financeiro. Aí é que está o problema.
A previsão de cortes, segundo Campos Neto, se baseia nas variáveis atuais do cenário econômico, como queda de preços e diminuição na taxa de juros de longo prazo no exterior, além das medidas de equilíbrio fiscal do governo.
Em entrevista ao canal asiático da Bloomberg TV, o presidente do Banco Central disse que é difícil saber onde o ciclo de redução vai terminar, mas salientou que "o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões".
Segundo Haddad, os dois novos indicados são "gente conhecida, gente com experiência na área, não tem surpresa". Antes, eles precisam passar por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
Segundo fontes do governo, a pauta da reunião não foi divulgada, mas seria uma tentativa de Haddad de tentar melhorar a relação de Lula e Campos Neto. Pedido de encontro teria partido do presidente do BC.
Lula rebate e critica Campos Neto pelo pessimismo em torno da economia e pela alta taxa básica de juros (Selic).
Em entrevista ao Poder360 no YouTube, presidente do Banco Central afirmou que "ninguém propôs em nenhum momento acabar com o parcelado", e que problema envolvendo o rotativo do cartão será debatido no âmbito do CMN (Conselho Monetário Nacional).