Comunicado da autoridade monetária indica mais um corte no mesmo patamar ainda este ano e também fala da importância de se perseguir as metas fiscais já estabelecidas.
Para secretário de política econômica, piora do cenário externo pressiona os países emergentes e dificulta aumento no ritmo de corte dos juros no Brasil.
Ministro pontuou que "2024 será um ano desafiador" e que ninguém sabe "quando as taxas de juros começarão a cair pelo mundo". Por isso, ele acredita que o Brasil deve aproveitar o momento para queimar a "gordura" da Selic.
Economista da Serasa Experian diz que "a retomada da demanda mais firme por empréstimos só deve acontecer a partir de 2024, com a maior queda de juros e da inadimplência"
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Dólar fecha em alta de 1,10% frente ao real, cotado a R$ 4,93
Na avaliação do economista e comentarista do ICL Notícias André Roncaglia, a taxa de juros do país continua alta e o próprio Copom reconhece que a "política monetária continua contracionista".
No comunicado divulgado com a decisão, Copom diz que "observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado". Contudo, autoridade monetária prevê desaceleração da economia nos próximos trimestres.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou que está olhando as expectativas de inflação, a dinâmica de inflação, capacidade de o país crescer sem gerar inflação. Por isso, enxerga um ciclo em que o ritmo de 0,5 ponto percentual de corte na taxa é apropriado
O encontro, ocorrido no dia 4 de maio no gabinete presidencial, das 7h30 às 8h, não constava da agenda de nenhum dos dois