Rui Costa diz que Saúde e Educação devem ficar fora do corte de gastos; pacote só deve ser anunciado na próxima semana

Segundo o ministro da Casa Civil, o presidente Lula considera as duas áreas como "investimentos" não gastos.
21 de novembro de 2024

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira (20), em entrevista à Globonews, que o pacote de corte de gastos que está sendo preparado pelo governo não deve atingir despesas com Educação e Saúde. “No investimento de Saúde e Educação não será mexido, porque isso ele [Lula] considera essencial. Não vamos mexer no volume de investimento em Educação”, disse.

Ontem (20), Costa e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram mais uma vez para “ajustar os detalhes do texto” do pacote.

Ainda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda se reúnem para dar continuidade às discussões sobre o pacote, o que vêm ocorrendo nas últimas três semanas. Ontem, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a pasta e as Forças Armadas vão fazer o “sacrifício” pedido por Haddad.

“Vamos contribuir exatamente como o ministro Haddad pediu que contribuíssemos. Significa que estamos dando um exemplo, um sacrifício para resolver o problema do país, que interessa a todos”, declarou Múcio.

Pacote só deve ser anunciado na próxima semana, segundo Rui Costa

O pacote, que vem sendo desenhado pelo governo, que esteve sob intensa pressão do mercado financeiro, só deve ser anunciado na próxima semana.

“Teremos até amanhã [sexta-feira, 22] uma nova reunião da junta orçamentária, que deve trazer um novo ajuste para as contas”, completou o ministro da Casa Civil.

Se o governo não incluir mesmo a Educação e a Saúde no pacote, será uma mudança de rota. O governo debatia a inclusão de mudanças nos cálculos do piso constitucional dessas duas áreas. O modelo levado ao presidente previa a desvinculação dos pisos à receita.

Pela proposta, eles passariam a ser atrelados aos limites de gastos do arcabouço fiscal, pelo qual as despesas não podem crescer mais de 2,5% acima da inflação.

Os ministros das duas pastas, Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde) chegaram a participar das reuniões.

Redação ICL Economia
Com informações de O Globo

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