As bolsas internacionais operam em leve alta nesta manhã (21) de super quarta. Nos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve) definirá a nova taxa básica de juros e a expectativa do mercado é de elevação em 0,75 ponto percentual. No entanto, há quem espere até mesmo um aumento de 1 ponto percentual. No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) também anunciará a nova taxa, mas esta deve permanecer nos atuais 13,75% ao ano.
Ao contrário do restante do mundo, o Brasil registrou nos últimos dois meses deflação, devido principalmente à redução dos preços dos combustíveis. Por essa razão, o mercado financeiro brasileiro espera que a autoridade monetária mantenha os juros no mesmo patamar, embora um ala de agentes financeiros aposte uma elevação de 25 pontos base antes de ter início a trajetória de redução.
Já nos EUA e a Europa, os índices inflacionários continuem em níveis elevados forçando os bancos centrais a manterem uma política mais agressiva de aumento de juros.
A indicação do que está por vir estará nos comunicados das autoridades monetárias americana e brasileira, divulgado juntamente com o anúncio das novas taxas. A partir deles, o mercado saberá o que deve ocorrer no futuro das economias. Além disso, nos EUA o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva hoje, o que também é aguardado com grande expectativa pelos agentes financeiros.
Outro fator que pode mexer com os mercados nesta super quarta é o chamado do presidente russo Vladimir Putin, ontem (20), pedindo uma mobilização militar no país, o que sinaliza que Putin pretende uma nova escalada na guerra contra a Ucrânia.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (20) em alta, em meio à expectativa pelas decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,62%, a 112.517 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores se preparam para a decisão do Fed (Federal Reserve), que deve subir sua taxa de juros nesta quarta-feira (21) em, pelo menos, 0,75 ponto percentual, com algumas chances de ajuste ainda mais agressivo, de 1 ponto completo. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, também define a nova taxa de juros brasileira, com a maioria dos economistas esperando manutenção dos atuais 13,75% ao ano.
Nas negociações do dia, o dólar comercial fechou em queda de 0,25% a R$ 5,152 na compra e R$ 5,153 na venda.
Europa
As bolsas europeias também estão operando com leve alta nesta manhã à espera da decisão do Fed, que tem a capacidade de mexer com as economias mundiais. As ações europeias oscilam entre pequenos ganhos e perdas também levadas pela decisão de amanhã (22) do Banco Central da Inglaterra.
Ademais, o governo alemão decidiu nacionalizar a concessionária Uniper, maior importadora do gás russo, enquanto se esforça para manter a indústria funcionando em meio à crise energética.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,42%
DAX (Alemanha), +0,02%
CAC 40 (França), +0,02%
FTSE MIB (Itália), +0,57%
Estados Unidos
Os índices futuros do Dow Jones, S&P 500 e 100 operam com leve alta na manhã desta quarta-feira, sob expectativa do anúncio da nova taxa básica e da entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,29%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,27%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,11%
Ásia
Com os juros dos EUA à vista e as declarações de Putin, as bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quarta-feira.
Shanghai SE (China), -0,17%
Nikkei (Japão), -1,36%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,79%
Kospi (Coreia do Sul), +0,87%
Petróleo
Enquanto aguarda decisões de política monetária, no mercado de commodities também segue volátil, principalmente depois da sinalização de que o presidente da Rússia deve aumentar a escalada da guerra contra a Ucrânia. Os preços do petróleo subiram forte nesta manhã.
Petróleo WTI, +2,47, a US$ 86,06 o barril
Petróleo Brent, +2,52%, a US$ 92,90 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, o tema mais importante do dia é a divulgação da nova taxa básica de juros. Além disso, serão divulgados os dados de vendas de imóveis usados e do mercado de hipotecas. A temperatura do setor imobiliário tem preocupado analistas, especialmente com a perspectiva de o aperto monetário ser estendido até 2023.
Por aqui, no Brasil, no campo político, faltam 11 dias para as eleições presidenciais. Já no campo econômico, todos os olhos voltados para a decisão do Copom sobre a nova taxa básica de juros. Grande parte do mercado aposta que a autoridade monetária manterá os juros na atual taxa de 13,75% ano ano, uma das maiores do mundo. Por outro lado, há quem acredite em uma leve alta, de 25 pontos base, antes de o Copom encerrar o ciclo de alta.
Redação ICL Economia
Com informações das agências