Trecho do documento também reforça cautela, por parte dos países emergentes como o Brasil, com o cenário externo.
Os bancos centrais dos EUA e do Brasil definem, esta semana, as novas taxas de juros. Para analistas, o Federal Reserve deve manter parcimônia na decisão depois de dados mostrarem um mercado de trabalho ainda aquecido. Já por aqui, o ritmo de corte em 0,50 p.p. deve continuar.
No documento, divulgado na manhã desta terça-feira, a autoridade monetária diz que o crescimento da "incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal" levou "a um aumento do prêmio de risco".
Comunicado da autoridade monetária indica mais um corte no mesmo patamar ainda este ano e também fala da importância de se perseguir as metas fiscais já estabelecidas.
Para secretário de política econômica, piora do cenário externo pressiona os países emergentes e dificulta aumento no ritmo de corte dos juros no Brasil.
Picchetti é professor da FGV e Teixeira é servidor de carreira da autarquia. Antes, porém, ambos vão passar por sabatina no Senado. Os dois também farão parte do Copom, responsável por definir a taxa básica de juros (Selic).
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Na avaliação do economista e comentarista do ICL Notícias André Roncaglia, a taxa de juros do país continua alta e o próprio Copom reconhece que a "política monetária continua contracionista".
No comunicado divulgado com a decisão, Copom diz que "observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado". Contudo, autoridade monetária prevê desaceleração da economia nos próximos trimestres.
O encontro, ocorrido no dia 4 de maio no gabinete presidencial, das 7h30 às 8h, não constava da agenda de nenhum dos dois