Crescimento dos subsídios pagos pelos consumidores, custo da contratação de energia e investimentos em transmissão estão entre os fatores que pesam na conta. Governo disse que pretende antecipar aportes da Eletrobras para subsidiar tarifa.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a proposta será apresentada ao Congresso via MP (Medida Provisória).
Subsídios concedidos a determinados segmentos são os principais responsáveis pelo encarecimento das contas de energia. Este ano, subsídios devem somar R$ 37,2 bilhões, maior valor da série histórica da Aneel.
Embora o preço de energia venha caindo nos últimos anos, os subsídios e distorções criadas pelo mercado livre de energia faz com que consumidores residenciais e comerciais acabem bancando os custos.
"Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Eu defendo isso no governo, o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética", disse Alexandre Silveira.
Estudo do Idec mostra que quase um terço da população do país ficou sem energia para além do permitido pela Aneel no ano passado.
Em audiência na Comissão de Infraestutura do Senado na última quinta-feira (4), Sandoval Feitosa disse que, ao menos até dezembro, custos mais caros da energia devem ficar por conta do setor.
Há diferentes propostas para as bandeiras tarifárias: amarela, redução de 36,9%, passando de R$ 2,989 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Vermelha 1, com redução de 31,3%. E a bandeira vermelha 2, de R$ 9,795 para R$ 7,877, uma diferença de 19,6%
Outra maior influência sobre o índice geral veio de alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação em domicílio (-0,72%).