Governo pediu ao STF para classificar parte da dívida com precatórios como despesa financeira, sem esbarrar em regras fiscais. Se a decisão do órgão for favorável, o Executivo poderia quitar imediatamente R$ 95 bilhões de estoque da dívida, buscando o equilíbro das contas públicas em 2024.
Consumidores terão acesso a plataforma de renegociações em outubro
De janeiro a agosto, investimento estrangeiro direto caiu 36%, enquanto o déficit nas contas externas apresentou recuo de 30%.
Por enquanto, única orientação a devedores é que se inscrevam no site gov.br, por meio do qual se darão as renegociações. Em outra frente, governo corre para aprovar no Senado a MP que institui o programa e que perde a validade em 3 de outubro.
Em seu Relatório Interino de Perspectiva Econômica trimestral, divulgado ontem (19), OCDE reforça que, até o momento, o Brasil tem exibido surpresas positivas em suas projeções de crescimento neste ano, “com a ajuda de resultados agrícolas favoráveis relacionados ao clima”.
Na opinião de André Campedelli, não importam todos os acenos já feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mercado. "O chamado 'mercado' parece nunca estar completamente satisfeito com o governo", diz.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,12%.
A previsão do governo brasileiro é captar até US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) com a venda dos papéis da dívida brasileira.
Do início deste ano até o momento, a balança comercial brasileira vem renovando recordes e já acumula superávit de US$ 62,4 bilhões até agosto, salto de 43% ante o ano anterior.
Essas empresas são bancos, varejistas, companhias de água e saneamento, distribuidoras de eletricidade, entre outras, que participarão da próxima fase do programa, que renegociará débitos de até R$ 5 mil, negativados até 31 de dezembro de 2022.