IBC-Br mostra expansão de 0,44% da economia brasileira em julho. É o 2º mês seguido de alta do indicador do BC

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,12%.
19 de setembro de 2023

A economia brasileira registrou expansão de 0,44% em julho em relação a junho, conforme indica o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), divulgado pelo Banco Central nesta manhã de terça-feira (19). O indicador é considerado uma espécie de “prévia do PIB” (Produto Interno Bruto), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), embora ambos tenham metodologias diferentes de cálculo.

Esse foi o segundo mês seguido de alta no indicador, que subiu 0,22% em junho (dado revisado). O resultado veio acima do que esperava o mercado, que previa uma expansão de 0,2% na base mensal.

O IBC-Br foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de “compensação” para comparar períodos diferentes.

Na comparação com julho do ano passado, segundo o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 0,66%.

Por sua vez, no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,21% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,12%. Neste último caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.

Enquanto o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia, o IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB. No entanto, como trazem metodologias distintas, os resultados de ambos nem sempre mostraram proximidade.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Em agosto, a taxa foi reduzida para 13,25% ao ano no primeiro corte em três anos.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC inicia hoje a reunião em que deve decidir por um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de Selic, conforme vem apostando o mercado. A decisão será divulgada amanhã (20).

IBC-Br: governo Lula revê crescimento da economia brasileira para este ano

O Ministério da Fazenda divulgou ontem (18) que reviu a perspectiva de crescimento para a economia. A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou a projeção do PIB de 2023, de 2,5% para 3,2%.

O otimismo se deve a um conjunto de fatores, como o avanço do PIB no segundo trimestre deste ano.

Nos três primeiros meses de 2023, na comparação com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,9%, ficando acima da expectativa do mercado financeiro. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária. E, no segundo trimestre, cresceu 0,9% – surpreendendo novamente.

Em 2022, a economia cresceu 2,9%, o que representa desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior.

Para este ano, o mercado financeiro também elevou a previsão de crescimento do PIB. Conforme o Boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central, os analistas consultados para a publicação elevaram de 2,64% para 2,89% o crescimento da economia para este ano, em comparação com a edição anterior do relatório.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro subiu de 1,47% para 1,50%.

Ao mesmo tempo, o mercado baixou o sarrafo das apostas para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) este ano.

Para 2023, os analistas consultados reduziram de 4,93% para 4,86% a estimativa de inflação medida pelo IPCA. Por sua vez, para o ano que vem, o mercado financeiro baixou de 3,89% para 3,86% a projeção para o indicador.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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