Para 2023, os analistas consultados reduziram de 4,93% para 4,86% a estimativa de inflação medida pelo IPCA. Já para o ano que vem, o mercado financeiro baixou de 3,89% para 3,86% a projeção para o indicador.
O encontro, ocorrido no dia 4 de maio no gabinete presidencial, das 7h30 às 8h, não constava da agenda de nenhum dos dois
Dos nove diretores que compõem o Copom, cinco votaram pelo corte de 0,50 p.p. e quatro por uma queda de 0,25 p.p. Após a decisão, Fernando Haddad (Fazenda) minimizou o placar apertado e disse que decisão ajuda a clarear o horizonte brasileiro.
Parte do mercado projeta corte de 0,25 ponto percentual na taxa, mas há quem aposte em um corte maior, de 0,50 p.p. Para alguns analistas, no entanto, inflação fora do centro da meta ainda preocupa e, por isso, autoridade monetária não deve "queimar a largada" com redução maior.
Em entrevista à Globonews, Guilherme de Mello disse que "já há consolidado por algum tempo espaço para a redução da taxa de juros", levando-se em conta as "variáveis macroeconômicas".
Segundo o ministro, "a pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte". Haddad ainda pediu "muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano".
A queda vai na contramão do esperado pelo consenso Refinitiv, que previa estabilidade (0,0%) no índice mensal.
Já em relação à taxa básica de juros (Selic), o relatório mostra que o mercado manteve a expectativa da semana passada, em 12%.
Neste artigo, os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli fazem uma análise aprofundada sobre a ata da última reunião do Copom
Mais uma vez, analistas ouvidos para o documento do Banco Central também reduziram as perspectivas de inflação, de 5,06% para 4,98%