Pela quinta vez consecutiva, o mercado financeiro elevou as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano. Na edição do Boletim Focus divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central, as cem instituições financeiras consultadas na semana passada projetam que a inflação fechará em 5,39% este ano, ante 5,36% na projeção anterior.
Se a projeção se concretizar, haverá estouro da meta de inflação mais uma vez, assim como ocorreu no ano passado e no ano anterior. Em 2022, a herança inflacionária e a alta do petróleo foram alguns dos principais responsáveis pelo Banco Central para não ter cumprido a meta. No ano passado, o IPCA encerrou o ano com alta de 5,79%, portanto, acima da meta de 3,5% com teto de 5%.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro permaneceu estável em 3,70%. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para o crescimento do PIB de 2023, Boletim Focus também mostra mudança na previsão de estável para 0,77%
Os agentes do mercado financeiro também se mostraram pessimistas no que se refere ao crescimento da economia brasileira. A projeção do PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida de estável em 0,78% para 0,77%. Já para 2024, a previsão de crescimento permaneceu estável em 1,5%.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), o mercado financeiro elevou a expectativa de 12,25% para 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 9,25% ao ano, com nova redução.
Em relação ao dólar, o mercado projeta que a taxa de câmbio ficará em R$ 5,28 no fim deste ano, enquanto as projeções para 2024 é de que permaneça em R$ 5,30.
Para a balança comercial, o saldo projetado (exportações menos importações) subiu de US$ 56,6 bilhões para US$ 57,2 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo continuou em US$ 52,4 bilhões.
Por sua vez, o ingresso do investimento estrangeiro direto no Brasil neste ano permaneceu em US$ 80 bilhões, enquanto, para 2024, a estimativa de ingresso caiu de US$ 80 bilhões para US$ 77,5 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias