Balança comercial registra superávit de US$ 1,38 bilhão na 2ª semana de novembro

No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,052 bilhões e no ano, de US$ 84,561 bilhões. Resultado foi puxado pelo agro e indústria extrativa.
14 de novembro de 2023

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,383 bilhão na segunda semana de novembro, período que vai dos dias 6 a 12. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados ontem (13), o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,536 bilhões e importações de US$ 5,152 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,052 bilhões e no ano, de US$ 84,561 bilhões. Na primeira semana de novembro (1º a dia 5), o saldo foi de US$ 2,669 bilhões.

Balança comercial

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior

Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 15,6% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 61,24 milhões (24,7%) em Agropecuária; alta de US$ 159,47 milhões (45,3%) em Indústria Extrativa; e queda de US$ 0,31 milhões (0%) em produtos da Indústria de Transformação.

Por sua vez, as importações tiveram queda de 4,9% no período, também na comparação pela média diária, com recuo de US$ 3,57 milhões (-17,4%) em Agropecuária; queda de US$ 20,58 milhões (-25,0%) em Indústria Extrativa e redução de US$ 21,39 milhões (-2,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

Em outubro, a balança comercial do país fechou com superávit de US$ 8,959 bilhões. O resultado foi o melhor para meses de outubro e representa alta de 140,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária. O resultado foi beneficiado pela queda nas importações de combustíveis e pela safra recorde de soja.

Agropecuária puxou o desempenho da balança comercial até a 2ª semana do mês

Até a 2º Semana de Novembro/2023, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 24,7% em Agropecuária, que somou US$ 2,17 bilhões; crescimento de 45,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 3,58 bilhões; e, por fim, estabilidade de 0,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 5,41 bilhões. A combinação desses resultados levou o aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (115,9%), Soja ( 76,1%) e Algodão em bruto ( 13,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 34,2%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 3,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 56,5%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços ( 29,4%), Celulose ( 34,3%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço ( 66,9%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-67,4%), Arroz com casca, paddy ou em bruto ( -38,4%) e Milho não moído, exceto milho doce ( -7,9%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-49,6%), Minérios de níquel e seus concentrados ( -100,0%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-43,8%) na Indústria Extrativa ; Tabaco, descaulificado ou desnervado (-77,4%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-57,7%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-49,1%) na Indústria de Transformação.

Por outro lado, até a 2º Semana de Novembro/2023, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -17,4% em Agropecuária, que somou US$ 0,12 bilhões; queda de -25,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,43 bilhões e, por fim, queda de -2,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 6,57 bilhões. A combinação destes resultados motivou a queda das importações.

O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (-30,6%), Milho não moído, exceto milho doce (-30,9%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-60,7%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-43,6%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-11,4%) e Gás natural, liquefeito ou não (-46,3%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (-35,8%), Elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogêneos (-52,6%) e Veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais (-50,7%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (160,1%), Cevada, não moída (692,9%) e Outras sementes oleaginosas de copra ou linhaça (144,8%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 0,6%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 176,2%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 17,5%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 38,6%), Geradores elétricos giratórios e suas partes (182,6%) e Veículos automóveis de passageiros (43,6%) na Indústria de Transformação.

Redação ICL Economia
Com informações da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC

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