Estrategista sugere títulos dos EUA aos investidores de ações. Na Europa, ações caem

Em recente revisão, investidores foram aconselhados a transferir parte do dinheiro para títulos do governo
11 de abril de 2022

Enquanto os riscos permanecem elevados por conta da geopolítica – conflito entre Rússia e China –, aperto de políticas e de crescimento no mundo todo, o estrategista mais cotado do JPMorgan Chase, Marko Kolanovic, mudou o posicionamento e, nesta segunda-feira (11), advertiu os investidores a realizar lucros e transferir parte do dinheiro para títulos do governo, devido à grande liquidação nesta classe de ativos.

Apesar das revisões mais recentes, Kolanovic continua recomendando manter mais ações e menos títulos para se beneficiar de um crescimento econômico sustentado.

No universo das ações, o estrategista aconselhou os investidores a favorecerem os mercados emergentes, à medida que o Federal Reserve se torna mais agressivo em sua campanha de aumento das taxas para domar a inflação, enquanto o banco central da China deve aliviar a política monetária já neste mês.

No geral, o estrategista continua otimista quanto à ameaça do Tesouro aos ativos de risco. Na avaliação dele, mesmo que os aumentos de rendimento dos títulos continuem, os papéis podem, eventualmente, se tornar um problema para as ações. No entanto, os atuais rendimentos reais dos títulos, em torno de zero, não são altos o suficiente para desafiar materialmente as ações.

Também nesta segunda-feira (11), as ações europeias mantiveram trajetória de queda com liquidação em tecnologia e receio por eleição na França.

O movimento de deu diante do aumento dos rendimentos dos títulos golpeando papéis de tecnologia e a volatilidade dominando as ações de primeira linha francesas, com previsões de uma disputa acirrada entre o presidente Emmanuel Macron e a desafiante de extrema-direita Marine Le Pen no turno final da eleição.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,6%, arrastado por uma queda de 2,2% nas ações de tecnologia.

O francês CAC 40 subiu 0,1%, com resultados parciais colocando Macron em primeiro lugar após o primeiro turno de votação na eleição presidencial de domingo, embora pesquisas do Ifop previssem um segundo turno apertado em 24 de abril, com 51% para Macron e 49% para Le Pen.

Os ativos franceses tiveram um desempenho inferior ao de seus pares recentemente, com investidores avaliando a possibilidade de uma vitória de Le Pen, cuja agenda de protecionismo, cortes de impostos e nacionalização tem gerado inquietação nos mercados. O CAC 40 cai 1,6% até agora em abril, enquanto o STOXX 600 sobe 0,4%.

O CAC 40 subiu modestamente com o alívio de Macron ter vencido o primeiro turno da eleição presidencial com uma vantagem um pouco maior do que o previsto.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,67%, a 7.618,31 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,64%, a 14.192,78 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,12%, a 6.555,81 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,28%, a 24.749,49 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,25%, a 8.585,00 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,09%, a 6.111,74 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações da agências de notícias

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