Governo anuncia novo bloqueio de R$ 1,1 bi no Orçamento de 2023 para cumprir teto de gastos

Somados todos os contingenciamentos ao longo do ano, o montante chega a R$ 4,952 bilhões. Transportes foi a pasta mais afetada.
1 de dezembro de 2023

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem (30) um bloqueio adicional de R$ 1,1 bilhão no Orçamento de 2023, que afetará, principalmente, a pasta dos Transportes. Somados todos os contingenciamentos ao longo do ano, o montante chega a R$ 4,952 bilhões.

O detalhamento do novo contingenciamento foi publicado em edição extra do DOU (Diário Oficial da União). Somente o Ministério dos Transportes terá R$ 394 milhões bloqueados, sendo também o órgão mais impactado no acumulado do ano, com R$ 1,38 bilhão.

O Ministério do Planejamento informou na semana passada que precisaria frear mais R$ 1,1 bilhão das despesas federais para que o Executivo possa cumprir a regra do teto de gastos deste ano, que limita o aumento de despesas do governo e que foi substituída pelo arcabouço fiscal.

A divulgação foi feita pelo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre – em tese, o último do ano.

O chamado “contingenciamento” atinge as chamadas despesas discricionárias, que não obrigatórias, como investimentos e custeio da máquina pública.

Esse foi o quarto bloqueio de gastos em 2023, que se soma a outros três anunciados anteriormente.

Em maio, o governo já havia feito um contingenciamento de R$ 1,7 bilhão; em julho, de R$ 1,5 bilhão; e em setembro, foram bloqueados mais R$ 600 milhões.

Bloqueio no Orçamento de 2023: veja o quanto foi bloqueado em cada pasta

O quarto bloqueio no Orçamento deste ano atingiu 14 pastas:

  • Transportes: R$ 394,1 milhões
  • Cidades: R$ 228,2 milhões
  • Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 226,3 milhões
  • Defesa: R$ 201,3 milhões
  • Fazenda: R$ 198,1 milhões
  • Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 79,3 milhões
  • Cultura: R$ 58,2 milhões
  • Relações Exteriores: R$ 40,2 milhões
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima: R$ 33,2 milhões
  • Presidência da República: R$ 33,1 milhões
  • Justiça e Segurança Pública: R$ 31,1 milhões
  • Portos e Aeroportos: R$ 29,6 milhões
  • Pesca e Aquicultura: R$ 25,7 milhões
  • Agricultura e Pecuária: R$ 24 milhões

No ano, os bloqueios totais ficaram distribuídos da seguinte forma:

  • Transportes: R$ 1,4 bilhão
  • Cidades: R$ 1,2 bilhão
  • Educação: R$ 497,7 milhões
  • Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 411 milhões
  • Fazenda: R$ 292,3 milhões
  • Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 262,2 milhões
  • Defesa: R$ 258,4 milhões
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima: R$ 142,9
  • Cultura: R$ 104,6 milhões
  • Ciência, Tecnologia e Pecuária: R$ 94,8 milhões
  • Planejamento e Orçamento: R$ 88,5 milhões
  • Relações Exteriores: R$ 40,2 milhões
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: R$ 39,1 milhões
  • Portos e Aeroportos: R$ 38,6 milhões
  • Justiça e Segurança Pública: R$ 37,9 milhões
  • Presidência da República: R$ 36,5 milhões
  • Pesca e Aquicultura: R$ 34,3 milhões
  • Agricultura e Pecuária: R$ 26,6 milhões
  • Gestão e Inovação em Serviços Públicos: R$ 3,2 milhões
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: R$ 1,5 milhão
  • Povos Indígenas: R$ 1,4 milhão
  • Previdência Social: R$ 1,2 milhão
  • Agência Nacional de Cinema: R$ 429,6 mil
  • Agência Nacional de Transportes Aquaviários: R$ 246,6 mil

Planejamento também anuncia desbloqueio de recursos para quatro ministérios

Por outro lado, o governo desbloqueou recursos de quatro ministérios. São eles:

  • Saúde: R$ 452 milhões
  • Ministério das Mulheres: R$ 2,7 milhões desbloqueados
  • Igualdade Racial: R$ 2,5 milhões
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania: R$ 3 milhões.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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