Considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto), o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central, apontou alta de 2,41% no primeiro trimestre do ano em comparação aos três últimos meses de 2022. O indicador foi divulgado nesta manhã (19) pelo BC, e foi calculado após ajuste sazonal, o que corresponde a uma “compensação” para comparar períodos diferentes.
A expansão do indicador no período foi a maior taxa trimestral desde o quarto trimestre de 2020 (+3,93%), ou seja, em pouco mais de dois anos.
No quatro trimestre de 2022, o IBC-BR teve queda de 1,65% (dado revisado). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), será divulgado em 1º de junho.
Ainda de acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 3,87% na comparação com os três primeiros meses de 2022. E, em doze meses até março, a expansão foi de 3,31%. Nesses casos, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
Lembrando que, na semana passada, o mercado financeiro estimou que o PIB de 2023 terá crescimento de cerca de 1%.
Em março deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma pequena retração de 0,15%. Com isso, foi interrompida uma sequência de três meses de queda.
Resultado da prévia do PIB converge com previsão de Fernando Haddad, de crescimento de 2% da economia brasileira este ano
O resultado converge com a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, em audiência na Câmara dos Deputados nesta semana, projetou uma alta bem maior que a prevista pelo mercado, de cerca de 2% neste ano.
Vale salientar que os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.
O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda, que é incorporado no cálculo do PIB do IBGE.
O indicador do BC é uma das ferramentas usadas pela autoridade monetária para definir a taxa básica de juros do país, atualmente em 13,75% ao ano e no centro da queda de braço entre a direção do Banco Central e o governo Lula.
Nas atas do Copom (Comitê de Política Monetária), colegiado do BC que define a taxa de juros, a instituição tem informado que a desaceleração da atividade econômica “é necessária para garantir a convergência da inflação para suas metas, particularmente após período prolongado de inflação acima das metas”.
Isso ocorre, na visão do Banco Central, porque existe atualmente “uma dinâmica inflacionária movida por excessos de demanda, inicialmente em bens e que atualmente se deslocou para o setor de serviços”.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do site G1