Copom indica que há "unanimidade" no colegiado para cortes futuros de 0,50 p.p. na Selic. Aumento do ritmo de queda viria apenas, segundo a autoridade monetária, com uma "alteração significativa dos fundamentos da dinâmica da inflação".
Contudo, o Congresso Nacional precisa continuar apoiando as pautas do governo. Em comunicado com a decisão de ontem (2), Copom indica que a aprovação de projetos importantes, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal, é necessária para que a queda da Selic continue.
A Caixa vai reduzir a taxa de juros no consignado do INSS de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês, a partir desta quinta-feira (3), enquanto o BB vai reduzir seus percentuais mínimos e máximos a partir de amanhã (4).
Dos nove diretores que compõem o Copom, cinco votaram pelo corte de 0,50 p.p. e quatro por uma queda de 0,25 p.p. Após a decisão, Fernando Haddad (Fazenda) minimizou o placar apertado e disse que decisão ajuda a clarear o horizonte brasileiro.
No programa "Bom Dia, Ministro", da EBC, Haddad foi categórico ao dizer que a redução da Selic “certamente vai começar a acontecer hoje”.
Parte do mercado projeta corte de 0,25 ponto percentual na taxa, mas há quem aposte em um corte maior, de 0,50 p.p. Para alguns analistas, no entanto, inflação fora do centro da meta ainda preocupa e, por isso, autoridade monetária não deve "queimar a largada" com redução maior.
Segundo a ministra, o programa para ajudar brasileiros a saírem das dívidas é "eficiente", mas pode ter seus efeitos prejudicados se juros forem mantidos em 13,75% ao ano.
O ex-número 2 da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi indicado para a Diretoria de Política Monetária, e o servidor de carreira do BC Aílton Aquino, para a Diretoria de Fiscalização. Os decretos com as nomeações dos dois foram publicados no DOU, nesta sexta-feira (7). Eles permanecerão nos cargos até 28 de fevereiro de 2027.
Neste artigo, os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli fazem uma análise aprofundada sobre a ata da última reunião do Copom
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) aprovou ontem (27) quatro requerimentos para que Campos Neto seja convidado novamente à comissão para prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da taxa Selic