Até a última sexta-feira (17), foram renegociados R$ 52,93 bilhões em dívidas pelo programa, beneficiando cerca de 15 milhões de pessoas, que voltaram a ter acesso ao mercado de crédito.
Mas, na opinião do economista e comentarista econômico do ICL Notícias André Roncaglia, impactos do programa ainda precisam ser avaliados.
No entanto, a medida só valerá para as operações contratadas a partir do momento em que a medida passar a valer, em 3 de janeiro. As dívidas com cartão de crédito que já estão rolando no rotativo continuarão crescendo com base nos juros atuais.
Para o economista Eduardo Moreira, Datafolha mostra as dicotomias do Brasil, que, de um lado, é um país com recordes de exportação de commodities e alimentos, enquanto, de outro, coloca "os brasileiros mais pobres", que não sabem se conseguirão comprar comida amanhã.
A nova fase é voltada para quem ganha até dois salários mínimos ou está cadastrado no CadÚnico (Cadastro Único), e tem dívida de até R$ 5 mil. Também serão renegociadas dívidas de R$ 5 mil a R$ 20 mil, que poderão ser pagas à vista com desconto oferecido pelo credor.
Texto também determina que o CMN (Conselho Monetário Nacional) atue para limitar os juros abusivos cobrados pelos bancos do rotativo do cartão de crédito. Presidente Lula deve sancionar a proposta ainda nesta 3ª feira (3).
Por enquanto, única orientação a devedores é que se inscrevam no site gov.br, por meio do qual se darão as renegociações. Em outra frente, governo corre para aprovar no Senado a MP que institui o programa e que perde a validade em 3 de outubro.
Essas empresas são bancos, varejistas, companhias de água e saneamento, distribuidoras de eletricidade, entre outras, que participarão da próxima fase do programa, que renegociará débitos de até R$ 5 mil, negativados até 31 de dezembro de 2022.
Para André Roncaglia, economista e comentarista do ICL Notícias, a pesquisa mostra que o Brasil é o mais afetado pelas dívidas, processo que piorou com a reforma trabalhista, que precarizou a renda e o mercado de trabalho.
Nesta sexta-feira (21), a Caixa Econômica Federal abriu suas agências uma hora mais cedo para poder atender à demanda de pessoas que queriam renegociar seus débitos.