Após a divulgação de que o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 1,4% no segundo trimestre, acima das expectativas de analistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado nesta terça-feira (3).
O PIB é a soma das riquezas produzidas pelo país em determinado período. O avanço no período abril-junho foi impulsionado principalmente pela indústria, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Diante do resultado, o ministro Haddad já prevê que o Brasil pode fechar 2024 com um crescimento econômico acima dos 2,8%.
“Vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano – que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, superar 2,7% ou 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse Haddad.
Em julho, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda revisou para cima sua estimativa de crescimento econômico do Brasil em 2024, elevando a projeção de alta de 2,2% para 2,5%.
Já o Boletim Focus do Banco Central, que traz a mediana das projeções de analistas do mercado financeiro, indica crescimento de 2,46% da economia brasileira em 2024. Os dados são atualizados a cada semana.
Haddad prevê que crescimento acima do esperado da economia pode impactar Orçamento de 2025
O ministro da Fazenda comentou ainda que uma previsão maior do crescimento do PIB pode até mesmo impactar os cálculos do Orçamento 2025.
“Isso pode, inclusive, ensejar uma reprojeção das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está. Então, nós vamos analisar com calma. A peça orçamentária está fechada com o que foi feito em julho. Mas de junho para cá, o PIB evoluiu mais do que nós imaginávamos na ocasião”, afirmou.
O governo entregou o Projeto de Lei Orçamentária de 2025 na sexta-feira passada (30), ao Congresso, prevendo reajuste do salário mínimo, mas crescimento de despesas obrigatórias.
De acordo com o ministro, a arrecadação de 2024, mas também de 2025 podem ser impactadas positivamente para cima por um ritmo maior de expansão da economia, caso seja confirmado um PIB maior que o previsto.
A peça orçamentária de 2025 foi feita prevendo o crescimento do PIB em 2,5% para este ano.
Sobre as medidas para elevar a arrecadação do governo federal, como aumento da CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) das empresas e nos juros sobre capital próprio (uma forma de distribuição de lucro, que incide sobre o acionista), que dependem do aval do Congresso, Haddad afirmou que somente a JCP “está mais tranquila”.
“Nós só vamos nos posicionar em relação aos outros tópicos do orçamento, assim que nós tivermos uma uma perspectiva clara de quanto a questão da atualização dos bens, o valor dos bens, vai render, porque nós não temos estimativa disso. Mas quem sabe, surpreenda positivamente, eu também não vou me torcer contra, não é?”, disse.
Redação ICL Economia
Com informações do G1