Reforma tributária prevê desconto de 60% no imposto de escolas, serviços de saúde particulares e alguns medicamentos

O texto prevê imposto reduzido de uma lista de 850 medicamentos, com abatimento de 60% no imposto pago, e isenção tributária a outros 383 medicamentos, como vacinas contra Covid-19, dengue e febre amarela.
25 de abril de 2024

A proposta de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, que foi entregue ontem (24) pela equipe econômica do governo Lula ao Congresso, propõe que serviços ligados a escolas e hospitais particulares, e alguns medicamentos tenham desconto de 60% no imposto pago.

Além disso, o texto também sugere imposto reduzido para uma lista de 850 medicamentos. Neste caso, o abatimento também é de 60% no imposto pago.

O texto também propõe que outros 383 medicamentos, como vacinas contra Covid-19, dengue e febre amarela, sejam isentos de impostos.

Abaixo, confira a lista dos serviços de saúde com descontos:

  • Serviços cirúrgicos;
  • Serviços ginecológicos e obstétricos;
  • Serviços psiquiátricos;
  • Serviços prestados em Unidades de Terapia Intensiva;
  • Serviços de atendimento de urgência;
  • Serviços hospitalares não classificados em subposições anteriores;
  • Serviços de clínica médica;
  • Serviços médicos especializados;
  • Serviços odontológicos;
  • Serviços de enfermagem;
  • Serviços de fisioterapia;
  • Serviços laboratoriais;
  • Serviços de diagnóstico por imagem;
  • Serviços de bancos de material biológico humano;
  • Serviços de ambulância;
  • Serviços de assistência ao parto e pós-parto;
  • Serviços de psicologia;
  • Serviços de vigilância sanitária;
  • Serviços de epidemiologia;
  • Serviços de vacinação;
  • Serviços de fonoaudiologia;
  • Serviços de nutrição;
  • Serviços de optometria;
  • Serviços de instrumentação cirúrgica;
  • Serviços de biomedicina;
  • Serviços farmacêuticos;
  • Serviços de cuidado e assistência a idosos e pessoas com deficiência em unidades de acolhimento.

Abaixo, a lista dos serviços de educação com descontos:

  • Ensino Infantil, inclusive creche e pré-escola;
  • Ensino Fundamental;
  • Ensino Médio;
  • Ensino Técnico de Nível Médio;
  • Ensino para jovens e adultos destinado àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria;
  • Ensino Superior, compreendendo os cursos e programas de graduação, pós-graduação, de extensão e cursos sequenciais;
  • Ensino de sistemas linguísticos de natureza visual-motora e de escrita tátil;
  • Ensino de línguas nativas de povos originários;
  • Educação especial destinada a portadores de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de modo isolado ou agregado a qualquer da etapas de educação tratadas neste anexo.

Reforma tributária: com redução de impostos, governo quer evitar aumento de preços

Ao prever descontos para esses serviços, o governo busca evitar que haja aumento nos preços. Obviamente, os descontos só vão valer se a regulamentação for aprovada pelo Congresso.

O setor de serviços, que tem menos abatimentos do que a indústria, principalmente se estiver na prestação direta ao consumidor, alega que os novos impostos incidirão sobre 100% das despesas com folha de pagamento.

Por isso, a CNC (Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo) propõe que sejam oferecidos descontos nos impostos para empresas que geram mais postos de trabalho.

A alíquota geral que será paga pelos setores sem benefício, segundo estimativas do governo, pode chegar a 27%, mas o governo trabalha com 26% de projeção, isso se não forem incluídas exceções no texto pelos parlamentares.

A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos, após a realização de um período de testes para “calibrar” o percentual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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